Geografia A 11º CLH1
Escola Secudária/3 de Amarante 2010/2011
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quarta-feira, 2 de março de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
A Rede Urbana e as novas Relações Cidade Campo
A rede urbana descreve-se por um desequilíbrio na dimensão demográfica, na divisão espacial e nas funções oferecidas pelos centros urbanos. A imensa concentração da população e das actividades económicas nas grandes aglomerações leva a um congestionamento do espaço urbano que pode ser diminuída com o desenvolvimento das cidades de média dimensão, o que contribui para um maior equilíbrio da rede urbana. Rede urbana
1.1. A rede urbana nacional evidencia um forte desequilíbrio, já que apresenta:
- Um grande número de cidades de pequena dimensão
- Um número reduzido de cidades de dimensão média
- Duas cidades de maior dimensão, mas com uma significativa diferença entre si: Lisboa com mais do dobro do número de habitantes de Porto.
1.2. A hierarquia das cidades portuguesas
As cidades, como espaços de interacção, de oferta de bens e serviços e de difusão de modos de vida, têm um papel fundamental na organização do território.
Áreas de influência
Áreas que a cidade influencia, fornecendo bens, serviços e emprego e atraindo a população. Estas podem considerar-se áreas complementares, já que também oferecem serviços bens e mão de obra à cidade.
Lugar Central
Uma cidade que oferece bens e serviços à sua área de influência, tendo capacidade de atrair população.
Bens Centrais
Produtos e serviços oferecidos por um lugar central e só podem ser adquiridos em determinados locais
Bens Vulgares
Produtos ou serviços de utilização frequente, que se encontram facilmente sem necessidade de deslocações significativas.
Bens Dispersos
Bens Dispersos – Produtos e serviços que são distribuídos à população, como a água e a electricidade.
Funções centrais
Actividades que fornecem bens centrais.
Bens raros
Produtos ou serviços de utilização pouco frequentes, que apenas se encontram em determinados lugares.
1.3. Desequilíbrios da rede urbana portuguesa
O acentuado desequilíbrio da rede urbana portuguesa evidencia-se:
¢ Pela dimensão dos centros urbanos – predomínio de pequenos núcleos urbanos, fraca representatividade das cidades de média dimensão e dois grandes centros urbanos: Lisboa e Porto;
¢ Pelo nível de funções – predomínio das funções de nível superior e das restantes funções urbanas nas principais áreas urbanas do Litoral, com destaque para Lisboa e Porto;
¢ Pela repartição geográfica – Forte concentração urbana no litoral, onde sobressaem as áreas metropolitanas;
1.4. As funções nas cidades
¢ Comercial
¢ Politico – administrativa
¢ Defensiva
¢ Industrial
¢ Financeira
¢ Religiosa
¢ Cultural
¢ Turística
Função comercial
É na cidade que desde sempre têm lugar as trocas comerciais. A actividade comercial é função urbana por excelência nas cidades.
Função político-administrativa
As capitais de distrito são um exemplo de cidades onde a função predominante é a administrativa.
Desde à muito tempo que as diferentes formas de pobreza asseguraram a gestão do território e da população em lugares de concentração humana onde desenvolvem a administração.
Função defensiva
Cidades cuja a origem esta relacionada com motivos defensivos.
Em Portugal, podemos citar, a título de exemplo cidades e vilas fronteiriças como Valença, Monção, Miranda do Douro, Pinhel, Almeida, Elvas,etc
Função industrial
As cidades onde predomina a função industrial são especializadas em determinadas actividades produtivas surgindo por exemplo cidades mineiras, cidades metalúrgicas, cidades têxteis.
Felgueiras calçado
Cortiça Santa Maria de Feira
Moldes oliveira de Azeméis
Função financeira
A função financeira consiste na centralização em cidades das actividades que movimentam grandes quantias de dinheiro como os seguros, as bolsas de valores e a banca como é o caso da cidade de Lisboa.
Função religiosa
São cidades desenvolvidas por factos relacionados com culto religioso.
É o exemplo de Fátima que atrai milhares de peregrinos por ser um local onde se verificaram aparições.
Função Turística
Situam-se normalmente no Litoral, por exemplo as cidades algarvias de Faro, Quarteira e Albufeira. Estão relacionadas com actividades turísticas e recreativas vocacionadas para o lazer ou para o descanso.
1.5. A estrutura da rede urbana
Em Portugal evidencia – se um polarização de dois centros urbanos. Lisboa e Porto, mostrando assim uma situação de aparente bicefalia.
1.6. Consequências do desequilíbrio da Rede Urbana
¢ A redução da capacidade de inserção das economias regionais na economia nacional
¢ A limitação nas relações de complementaridade entre os diferentes centros urbanos e, como tal, do dinamismo económico e social
¢ A limitação da competitividade nacional no contexto europeu e mundial, pela perda de sinergias que uma rede urbana equilibrada proporciona.
1.7. Medidas para equilibrar a rede urbana nacional:
¢ Potencializar as especificidades de cada região;
¢ Reforçar a complementaridade entre os diferentes centros urbanos;
¢ Facilitar a coordenação de acções ao nível da administração local;
¢ Permitir desenvolver cidades e sistemas urbanos do interior que funcionem como pólos regionais de desenvolvimento;
Trabalho realizado pelas alunas:
Andreia Morais nº 2
Filipa Vieira nº 6
Mª Inês Pereira nº 12
Patrícia Costa nº 15
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
A agricultura portuguesa e a Política Agrícola Comum
Política Agrícola Comum (PAC)
Ò É uma política de união europeia concebida como uma parte integrante do tratado de Roma, em finais dos anos 50, com o objectivo de promover a auto-suficiência alimentar na então “Europa dos seis ”
(França, República Federal Alemã, Itália, Bélgica, Países-baixos e Luxemburgo).
Objectivos fundamentais
Ò Aumentar a produtividade;
Ò Assegurar o nível de vida aceitável à população agrícola;
Ò Estabilizar os mercados;
Ò Garantir a segurança dos abastecimentos;
Ò Assegurar preços razoáveis ao s consumidores
Tendo estes objectivos como base, foi adoptado um amplo conjunto de medidas de incentivo à produção como por exemplo:
o A atribuição de subsídios, para garantir preços aos agricultores;
o Deu assistência financeira para a reestruturação da agricultura;
Pilares da PAC
Ò Unicidade de mercado
É Criação de uma organização comum de mercado – OCM - para cada um dos produtos concebida através de definição de preços institucionais e de regras de concorrência;
Ò Preferência comunitária
É Pretende evitar concorrência de produtos de outros países, através do estabelecimento de um preço mínimo para as importações e de subsídios para as exportações
Ò Solidariedade financeira
É Pressupõe que os custos do funcionamento da PAC sejam suportados em comum, a partir de um fundo comunitário, o FEOGA. Este fundamento de PAC representa uma parte substancial do orçamento comunitário e incorporava duas secções distintivas.
Secção Orientação
Ò É uma secção, que visa financiar outras despesas de desenvolvimento rural que não são financiadas pelo FEOGA - garantia, incluindo a iniciativa LEADER (plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento Rural). Está destinada a melhorar as estruturas agrícolas.
Secção de garantia
Ò É a secção que tem por principal vocação financiar despesas que decorrem de política comum dos mercados e dos preços agrícolas, as acções de desenvolvimento rural que acompanham o apoio dos mercados, despesas relativas a certas medidas veterinárias e acções de informação sobre a PAC.
Principais problemas gerados pela aplicação da PAC
Ò Criação de excedentes agrícolas em quantidades impossíveis de escoar nos mercados, gerando custos muito elevados de armazenamento;
Ò Desajustamento entre a produção e as necessidades do mercado. A oferta tornou-se maior quer a procura;
Ò Peso muito elevado da PAC no orçamento comunitário, comprometendo o desenvolvimento de outras políticas;
Ò Tenção entre os principais exportadores mundiais, devido as medidas proteccionistas e à politica de politica de incentivos à exportação;
Ò Graves problemas ambientais motivados pela intensificação das produções, com utilização de numerosos produtos químicos.
Trabalho Realizado pelas alunas:
Ò Beatriz Cardoso nº3
Ò Estela Vieira nº5
Ò Paula Carvalho nº16
Ò Sónia Teixeira nº19
11ºCLH1
domingo, 17 de outubro de 2010
A reforma da PAC de 1992
Este trabalho, intitulado "as Reformas da Política Agrícola Comum", vai ser realizado e apresentado no âmbito da disciplina de Geografia A. Este tema foi escolhido pelo facto de a PAC ser uma das políticas, senão a mais importante da União Europeia. Começamos então, por definir a PAC e os seus objectivos, falando posteriormente, na reforma de 1992, na reforma da Agenda 2000 e expressando também a situação actual da referida política. Ao longo do trabalho mantemos um discurso informal de apresentação mas não deixamos de impor as nossas críticas perante os diversos assuntos apresentados.
A Reforma da PAC de 1992
Em Maio, surge então, a reforma de 1992, que marcou uma importante viragem na PAC e tinha como objectivos:
· Corrigir os desequilíbrios e desigualdades;
· Dar resposta às exigências orçamentais e ecológicas, bem como às que decorrem do comércio externo;
· Garantir um nível de vida equitativo aos agricultores, no respeito pelos princípios da PAC (mercado único, preferência comunitária e solidariedade financeira).
Para limitar a oferta, esta reforma substituiu, o sistema de ajudas ao rendimento através de preços de garantia por um sistema de ajudas directas, tendo sido aplicada, desde as primeiras campanhas de 1993-1994, aos sectores da carne de bovino, ovino e caprino e ao sector dos lacticínios e do tabaco, posteriormente ao sector das forragens secas, do algodão e do açúcar e, em Junho de 1996, ao sector das frutas e dos produtos hortícolas. Os sectores do vinho e do azeite, adaptados desde Junho de 1995 para respeitar os compromissos comerciais multilaterais do GATT, foram deixados em suspenso na expectativa da reforma seguinte, no quadro da Agenda 2000.
A reforma da PAC de 1992 introduziu três modalidades diferentes de ajudas aos rendimentos dos produtores:
· As ajudas à produção,
· As ajudas de apoio à reconversão
· Ajudas agro-alimentares.
Os preços da PAC frisavam níveis demasiado elevados e o mercado mundial agrícola apresentava perspectivas de crescimento intenso, com preços compensadores. O apoio agrícola é repartido desigualmente, segundo os produtores e as regiões, do que resulta um ordenamento deficiente do espaço rural. A força da agricultura europeia repousa na sua diversidade: recursos naturais, métodos de exploração, competitividade, rendimentos e tradições.
Com os alargamentos sucessivos a gestão da PAC tornou-se demasiado complexa e burocrática. Deve-se preparar a sua agricultura para as negociações internacionais e definir os limites do que poderá aceitar.
Concluindo, devido aos novos desafios era necessário elaborar um novo modelo da PAC.
Agenda 2000 - A Nova Reforma
A Agenda 2000 constituiu a reforma mais radical e mais global da Política Agrícola Comum desde a sua fundação. Proporcionou uma base sólida para o desenvolvimento futuro da agricultura na União, A Agenda 2000 contempla medidas destinadas a reforçar a competitividade dos produtos agrícolas no mercado doméstico e nos mercados mundiais; a promover um nível de vida equitativo e digno para a população agrícola; a criar de postos de trabalho de substituição e outras fontes de rendimento para os agricultores; a definir uma nova política de desenvolvimento rural, que passa a ser o segundo pilar da PAC; a incorporar na PAC considerações de natureza ambiental e estrutural mais amplas; a melhorar a qualidade e a segurança dos alimentos; e a simplificar a legislação agrícola e a descentralização da sua aplicação, a fim de tornar as normas e regulamentos mais claros, mais transparentes e de mais fácil acesso.
A conjuntura internacional, o alargamento, a preparação para a moeda única, a crescente competitividade dos países terceiros e as novas negociações da OMC, conduziram a uma nova Reforma da PAC.
Impôs-se uma nova reorientação da PAC, em 1997, na linha da estratégia decidida em 1992 devido nomeadamente pela perspectiva de uma adesão dos Países da Europa Central e Oriental (PECO) e pela revisão dos acordos comerciais multilaterais da OMC. A fim de jogar simultaneamente com três funções fundamentais da agricultura, a função económica, a função de ordenamento do território e a função ambiental, esta reorientação consiste na consolidação, no âmbito de uma política cada vez mais orientada para o mercado, do modelo agrícola europeu. Esta reforma reforça as alterações introduzidas em 1992 e dá prioridade à segurança dos produtos alimentares, à concretização de objectivos no domínio do ambiente e à promoção da agricultura sustentável. Por outro lado, procura incrementar a competitividade dos produtos agrícolas comunitários, simplificar a legislação agrícola e melhorar a sua aplicação, bem como reforçar a posição da União aquando das negociações no âmbito da Organização Mundial de Comércio e estabilizar as despesas agrícolas.
Foram introduzidas alterações na organização comum dos mercados vitivinícolas, das culturas arvenses, de carne bovina e dos lacticínios. A redução dos preços de intervenção prevista neste contexto foi compensada por um aumento das ajudas aos agricultores e acompanhada pela criação de uma verdadeira política integrada de desenvolvimento rural.
As vozes fizeram-se sentir por toda a Europa defendendo que o conjunto de propostas de reforma da PAC agravam as discriminações entre agricultores, regiões e produções que esta introduziu, com consequências profundas na diminuição das explorações agrícolas, na desertificação do mundo rural e na discriminação das pequenas e médias explorações e da agricultura familiar. Continuando a privilegiar as culturas continentais (carne, leite e cereais) em detrimento das culturas mediterrâneas.
Perante este quadro e numa análise cuidada dos mecanismos da actual PAC, pode muito bem afirmar-se que ela é injusta. Porque foi feita à medida dos seis países fundadores da CEE, atribuindo apoios com base em critérios desajustados, como por exemplo o da produtividade histórica. Na verdade, provoca situações de desigualdade e injustiça entre países e entre sectores. Conduz à produção de bens, muitas vezes excedentários e sem ter presente os interesses dos consumidores. É uma política que não trata de igual modo todos os agricultores europeus e contribui para a manutenção das disparidades e assimetrias regionais.
A Agenda 2000 constituiu a reforma mais radical e mais global da Política Agrícola Comum desde a sua fundação. Proporcionou uma base sólida para o desenvolvimento futuro da agricultura na União, A Agenda 2000 contempla medidas destinadas a reforçar a competitividade dos produtos agrícolas no mercado doméstico e nos mercados mundiais; a promover um nível de vida equitativo e digno para a população agrícola; a criar de postos de trabalho de substituição e outras fontes de rendimento para os agricultores; a definir uma nova política de desenvolvimento rural, que passa a ser o segundo pilar da PAC; a incorporar na PAC considerações de natureza ambiental e estrutural mais amplas; a melhorar a qualidade e a segurança dos alimentos; e a simplificar a legislação agrícola e a descentralização da sua aplicação, a fim de tornar as normas e regulamentos mais claros, mais transparentes e de mais fácil acesso.
Foram introduzidas alterações na organização comum dos mercados vitivinícolas, das culturas arvenses, de carne bovina e dos lacticínios. A redução dos preços de intervenção prevista neste contexto foi compensada por um aumento das ajudas aos agricultores e acompanhada pela criação de uma verdadeira política integrada de desenvolvimento rural.
As vozes fizeram-se sentir por toda a Europa defendendo que o conjunto de propostas de reforma da PAC agravam as discriminações entre agricultores, regiões e produções que esta introduziu, com consequências profundas na diminuição das explorações agrícolas, na desertificação do mundo rural e na discriminação das pequenas e médias explorações e da agricultura familiar. Continuando a privilegiar as culturas continentais (carne, leite e cereais) em detrimento das culturas mediterrâneas.
Perante este quadro e numa análise cuidada dos mecanismos da actual PAC, pode muito bem afirmar-se que ela é injusta. Porque foi feita à medida dos seis países fundadores da CEE, atribuindo apoios com base em critérios desajustados, como por exemplo o da produtividade histórica. Na verdade, provoca situações de desigualdade e injustiça entre países e entre sectores. Conduz à produção de bens, muitas vezes excedentários e sem ter presente os interesses dos consumidores. É uma política que não trata de igual modo todos os agricultores europeus e contribui para a manutenção das disparidades e assimetrias regionais.
No início dos anos 90, 20% dos agricultores recebiam 80% dos subsídios. Hoje, 10% deverão receber semelhante montante. Na presente situação verifica-se que Portugal recebe 1,9% das ajudas directas, quando, por exemplo, a França recebe 24,5, a Alemanha 16,3 e a Espanha 14,3%.
Conclusão
A Política Agrícola Comum inicialmente concebida para uma comunidade, exclusivamente, constituída por países do Norte, não poderia ser especialmente benéfica para com os Estados Membros do Sul da União Europeia e particularmente para com Portugal.
Existe o reconhecimento de que a actual PAC e as anteriores são e foram defeituosas, incentivando a intensificação excessiva, e a produção de excedentes, descurando o Ambiente, a Saúde Pública e a Qualidade Alimentar, fomentando a desertificação e a desigualdade entre os Agricultores, Regiões, e Estados.
Em Portugal temos muitas razões para defender alterações profundas, mas a necessidade de uma outra PAC sente-se também noutros Estados-Membros da União Europeia.
Deve-se assegurar a actividade agrícola como uma actividade produtiva e que a defesa do ambiente, a promoção da qualidade e da segurança alimentar devem verificar-se num contexto de reconhecimento do papel da agricultura na criação de riqueza.
As futuras alterações da PAC devem favorecer a melhoria dos apoios às regiões mais desfavorecidas e aquelas explorações que enfrentem as maiores dificuldades estruturais; igualmente é benéficas as alterações que concorram para a melhoria da qualidade dos produtos, defendam a continuidade da agricultura familiar e proporcionem um tratamento mais justo e equilibrado, fruto de negociação séria, a favor das culturas mediterrâneas.
Trabalho Realizado por:
- Joana nº8
- Liliana nº11
- Marta nº13
- Tamara nº20
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